Sonhos
No acto do meu nascer
Deram-me o direito de sonhar,
Não me impuseram condições,
Agora que o posso exercer
É que mo desejam tirar,
Isto tem de ter outras soluções.
Tenho um sonho de criança,
Gostava de poder mandar,
Mas mandar com gosto
E mandar semear a esperança
De ver as crianças a brincar
Com um sorriso no rosto.
Tenho um sonho de adolescente,
Gostava de poder governar,
Mas governar com determinação,
Para mandar lançar a semente
Que depois viesse a germinar
Um Mundo em perfeita união.
Tenho um sonho de homem feito,
Sonho com um mundo fraterno
Onde todos sejamos iguais,
Creio que tenho todo o direito
Que meu sonho seja eterno
E que não me questionem mais.
Terei um sonho na minha velhice,
Acompanhar-me-á até morrer,
Disso não duvide ninguém,
Sonharei, como na minha meninice,
Que o meu sonho ainda virá a ser,
O sonho de muito mais alguém.
Francis Raposo Ferreira