Liberdade
Liberdade
Foi numa noite assim,
Serpenteada de anil,
Que tudo chegou ao fim,
Naquela noite de Abril.
Nós, que tanto acreditámos,
Viemos para a rua gritar,
Mas, depressa, nos deixámos,
De outra maneira, enganar.
Nós que gritámos pelo povo,
Que gritámos pela liberdade,
É tempo de gritarmos de novo.
Sem cravos nem pudores
Antes que se faça tarde,
Corramos com os novos ditadores.
Francis Raposo Ferreira