Desacordo ortográfico
Um homem, levado ao juiz,
Ficar calado não é capaz
Quando este o Juiz e lhe diz:
Sabe o fato que aqui o traz?
Senhor Dr, Juiz, não leve a mal,
Mas parece que o senhor Doutor,
Não estará no seu estado normal,
Prevejo que vem aí coisa do pior.
O senhor só pode estar a brincar,
Vem aqui responder por um fato
E começa logo por me difamar,
Espero que esteja consciente do ato.
Sr. Dr. Juiz, vai ter de me desculpar,
Juro que não estou a compreender,
Então agora diz que me quer atar,
Afinal está pior do que possa parecer.
Estou a ver que teima em continuar,
Isto só irá agravar a sua situação,
Não pense que se vai sem se explicar
Sobre toda esta tremenda confusão.
Sr. Dr. Juiz, eu é que estou confundido,
Vª Exª. Duvidou qoe fato seja meu,
Depois deixou-me mais surpreendido,
Queria-me atar, não sei o que lhe deu.
Oh homem, veja se me entende,
Já não tenho paciencia para o aturar,
Quero lá saber de quem o ata ou prende,
E se o fato é seu ou não. Ponha-se andar.
O homem nem sequer hesitou,
Pôs-se logo ao fresco e a pensar,
Bendito acordo, foi quem me salvou,
Agora é tempo de eu me raspar.
Francis Raposo Ferreira