Olhar de amor
Ela tinha olhar de meiguice
E a felicidade no sorriso.
Ele aproximou-se e disse:
É mesmo de ti, que eu preciso.
Ela, envergonhada, corou,
Naquele seu jeito de ser.
Ele, seu meigo olhar fitou,
Sem saber que lhe dizer.
Tu és envergonhada,
Eu, envergonhado sou,
Não, não digas nada,
Sente como o vento mudou.
Tu me deixaste assim,
Porquê, dizê-lo eu não sei,
Sinto que gostas de mim
E gosto de ti, também.
Sinto que gostas de mim
E gosto de ti, também.
Ele estendeu-lhe a mão,
Ela retribuiu o gesto,
Ele colocou-a no coração,
Ela alheou-se do resto.
Ele pediu-lhe um beijo,
Ela ofereceu-lhe a boca,
Ele sentiu em si o desejo,
Ela sentiu-se a ficar louca.
Tu és envergonhada,
Eu, envergonhado sou,
Não, não digas nada,
Sente como o vento mudou.
Tu me deixaste assim,
Porquê, dizê-lo eu não sei,
Sinto que gostas de mim
E gosto de ti, também.
Sinto que gostas de mim
E gosto de ti, também.
Caminharam lado a lado,
Os dois bem agarrados,
Ele sentiu-se apaixonado,
Ela quis que fossem namorados.
Ele vive encantado,
E encantada vive ela,
Ele diz-lhe, enamorado:
Continuas tão bela.
Sinto que gostas de mim
E gosto de ti, também.
Sinto que gostas de mim
E gosto de ti, também.
Francis Raposo Ferreira