Francis Raposo Ferreira

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Olhar-te...sempre assim

Olhar-te...sempre assim

O vento deu-lhe na saia

Mostrou-lhe a perna.

“Tenha cuidado, não caia

Minha linda morena.”

 

Ela correu pela praia, caiu,

Ele foi atrás dela,

Gostou do que viu,

Uma pele morena e bela.

 

Não me olhes assim

Que fico envergonhada.

Eu quero olhar para ti

E ver tua pele bronzeada.

Não me olhes assim,

Eu quero olhar para ti.

 

Rebolaram na areia

Sem receio da vizinhança.

Passou-lhes pela ideia

Que eram de novo criança.

 

Ela levantou e fugiu,

Ele não se deixopu ficar,

Ela nem resistiu

Ele a desejou beijar.

 

Não me olhes assim

Que fico envergonhada.

Eu quero olhar para ti

E ver tua pele bronzeada.

Não me olhes assim,

Eu quero olhar para ti.

 

Ela olha o dedo

Adora a sua aliança,

com ele não tem medo

do mundo que avança.

 

Ele diz-lhe, em segredo,

Tu és a minha criança,

Olha o meu dedo

Como é linda minha aliança.

 

Não me olhes assim

Que fico envergonhada.

Eu quero olhar para ti

E ver tua pele bronzeada.

Não me olhes assim,

Eu quero olhar para ti.

Olha bem para mim,

Quero olhar-te sempre assim,

Quero olhar, só para ti.

 

Francis Raposo Ferreira


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